sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Irmãos! É a loucura!

Por vezes (todos os dias), arma-se um baile lá em casa!
Fruto dos cinco anos que os separam. Fruto de um ser uma espécie de furação katrina e outro uma seara alentejana. Fruto de serem irmãos. Tão somente isso.
 
As diferenças, imensas, são um motor de entendimento. E, também, de desentendimento.
Um apertar de coração para nós.
 
É vê-los a tomar banho juntos. Ou a lutarem porque querem ir à vez. Mas um primeiro que o outro.
É vê-los a partilharem desenhos animados. Ou a berrarem porque já começou o que querem ver. Sózinhos.
É vê-los a partilharem um livro. Ela a ler-lhe uma história. Ou ela a correr com ele do quarto porque precisa de sossego e ele não tem direito, sequer, a ver as ilustrações.
É vê-los brincarem aos legos. Ou ele a berrar porque os legos são dele. E ela não sabe fazer construções.
É vê-los enrolados no mesmo cobertor. A desafiarem-nos os sentidos. Ou a empurrarem-se da cama ou do sofá, porque o cobertor é pequeno.
É não conseguirem estar longe um do outro. Ou fecharem as portas para que o outro não possa entrar.
É o ajudarem-se com as malas da escola, e os sacos de desporto, e os blusões, e os brinquedos. Ou a refilarem um com o outro, pois não têm de carregar o que não é deles.
 
E depois, a recompensa. A nossa.
 
Quando ele rapina uma bolacha e leva mais uma para a irmã.
Quando ela tem de sair sem ele e ele fica a chorar porque não tem ninguém para brincar.
Quando na escola ele escreveu Gosto muito da minha mana e ela ficou com as lágrimas nos olhos quando viu.
Quando a vejo a agarrar o irmão, e a beijá-lo, e a apertá-lo como se quisesse retê-lo para sempre junto a si e ele a dar-se, a deixar-se levar, a apreciar aqueles repentes da irmã.
Quando eu ralho com ele e ela, de soslaio, tenta dizer-lhe que está solidária e que ele pode contar com ela.
Quando eu ralho com ela e ele a persegue para perguntar-lhe: Estás bem, mana?
Quando ele é a cobaia dela. Nas coreografias da Violeta.
Quando ela é a cobaia dele. Nas acrobacias circenses.
Quando ela o ajuda a construir uma tenda com uma manta e o que estiver à mão.
Quando nenhum deles vai para a cama sem darem um beijinho um no outro. Ou à despedida, à porta da escola. Ou à vinda, ao fim do dia.
Quando se encontram depois de um dia inteiro e partilham o que fizeram, o que comeram, as descobertas e experiências.
Quando estamos todos na cozinha de volta de uma massa de bolo e ambos à espera, ansiosos, para rapar o que sobra. E o que vai buscar a colher... trás sempre duas...
 
Quando no fim de cada dia, antes de me deitar, faço a última ronda e me detenho a vê-los dormir, penso em como sou feliz. Mesmo que durante o dia me tenham deixado em frangalhos!

Dicas com amoras #8/52

E cá estamos nós na 8.ª semana do ano. A uma semana do final do mês de Fevereiro. A uma semana do mês de Março. Cá estamos nós no início de mais um fim-de-semana. Já têm planos? Eu cá, tenho de trabalhar, mas depois disso, já sabem, é aproveitar!

Aqui ficam algumas dicas.

A Associação País das Artes, que fica na Rua da Senhora da Graça n.º 6, em Lisboa, organiza aulas de dança do ventre para crianças e adultos. As aulas são gratuitas, mas é necessária marcação prévia. terão lugar amanhã, dia 22, das 15.30 às 16.30, para crianças dos 6 aos 12 anos e das 17.00 às 18.00 para adultos. Façam as vossas marcações:

No Museu da Electricidade estão em exposição 150 ilustrações infantis de 50 artistas. Este foi o resultado da selecção de 200 trabalhos candidatos, provenientes de 72 países, e que fazem parte da VI Bienal de Ilustração Infantil para a Infância. Podem visitar esta exposição de 3.ª a Domingo, entre as 10.00 e as 18.00, até dia 13 de Abril.
Confesso que ainda não fui, mas vou! Tenho a certeza que vai valer a pena!

No Teatro do Bairro (B.º Alto), está a peça Portugal por Miúdos. Uma viagem pela História de Portugal que teve como ponto de partida o livro de José Jorge Letria com o mesmo nome. Conheço o livro e o autor. Tenho a certeza que a peça é boa. No Domingo será às 11.00. É para maiores de 6 anos. As crianças pagam 7€ e os adultos 10€.

Mercado do chocolate
E o chocolate está na moda, certo? Um pouco por todo o lado hà feiras temáticas a convidar os mais gulosos. Este fim-de-semana será em Cascais, no mercado da vila. Aqui fica o programa dos workshop's.

Sexta-feira
14h00 | Workshop de Chocolate - Chef Pedro Sigorelho, Douro Bombons
Sábado
14h00 | Workshop de Chocolate - Chef Miguel Santos, Hotel Quita da Marinha Resort
16h00 | Workshop “As crianças vão por a mão na massa” (dos 6 aos 14 anos) - Chef Joana Byscaia, PetitChef
18h00 | Palestra "Efeitos do Chocolate no Cérebro" - Doutora Susana Novais Santos, Doutorada em Neurociência
Domingo
12h00 | Workshop "Chocolate na Cozinha" - Chef Joe Best, Projeto DaCozinha
14h00 | Workshop "Chocolate na Cozinha" - Chef Fernando Monteiro, Hotel Onyria Marinha
16h00 | Workshop "Chocolate na Cozinha" - Chef Daniel Estriga, Food Concept
18h00 | Workshop de Chocolate - Chef Miguel Carvalho, Restaurante Estórias, Casa da Comida
 
Os Workshops contam com colaboração da Turma de Pastelaria da Escola Hotelaria e Turismo de Lisboa, responsável Chef Luís Ascensão.

Façam as vossas apostas para que este fim-de-semana seja o melhor da vossa semana.
Façam o que vos der na real gana, mas façam o que vos deixar felizes!

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Make a wish

 
Precisava do meu céu alentejano.
Precisava de uma chuva de estrelas cadentes.
Precisava que os meus desejos fossem realizados.
 

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Bicho carpinteiro + queda de cabelo

Ando aqui com um bicho carpinteiro que não me larga.
Diz que é por causa da ansiedade que me tem consumido.
Por um lado, o trabalho de que já vos falei. Por outro, a esperança de um resultado positivo. Sobre algo que quero muito e para o que estou a preparar-me. 
 
Este bicho carpinteiro apodera-se de mim quando menos espero.
Não me deixa sossegar. Desconfio que é o responsável pela minha súbita e acentuada queda de cabelo. Há quem se coce. A mim cai-me o cabelo.
Mas é incrível o que sinto. Uma espécie de sexto sentido que me quer dizer que sabe que vai acontecer o que eu quero que aconteça. Confuso?
 
Confiança. Auto-confiança.
Acredito ser a chave desbloqueadora para muitos processos das nossas vidas.
Acredito que nos abre portas, daquelas, invisíveis, mas que teimam em travar-nos o trilho.
E eu quero acreditar, confiar neste bicho carpinteiro, diferente dos outros que já conheci. Porque acho que é o meu sexto sentido disfarçado. 
E porque quero que valha a pena a queda do cabelo.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

DIY #9

Continuo ocupada, com pouco tempo para os Contos. Vou passando na página do facebook para dar novidades, mas por aqui a exigência é maior e a cabeça está focada nos deadline's de que vos falei. Vou dando o ar da minha graça assim, repentinamente, partilhando coisas pequenas mas cheias de conteúdo. Só para que saibam que estão sempre no meu pensamento.
 
Das pesquisas que vou fazendo e armazenando para mais tarde utilizar, hoje deixo-vos um DIY muito querido. Para festas. Com amigos, em família. Festas de aniversário, casamento ou batizado. Para as festas que quiserem fazer. Sem dúvida, uma inspiração para o que vos aprouver!
 
 
Espero que tenham gostado.
E espero que se aventurem.
Jus to it!
 
 
 

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Beleza a quanto obrigas

Oh pá! A sério!
Apanhei isto no facebook. Paris Hiltron, uma graçola à socialite, claro, mas este trabalho está demais! Só me dá para pensar que se também eu fosse uma famosa estrela de cinema ou cantora ou rica ou outra coisa do género, também estaria boa como ó milho!!
 
Vejam só o que poderia ter acontecido se as vidas destas gentes tivesse seguido uma via banal. Como a minha...
 
Scarlett Johansson
Olha como te fica bem o estilo!
 
Johnny Depp
No comments!
Britney Spears
Já andaste perto disto, filha!
Sarah Jessica Parker
É que é mesmo isto!
Foto: Happy Birthday Nicole Kidman (from the archives)
Nicole Kidman
Esta está bem apanhada!

Foto
Gwyneth Paltrow
Nunca lhe achei muita piada, por isso imagino-a assim facilmente!


 
E por aqui me fico!
Há mais no facebook. Espreitem em Planet Hiltron!
Já se sentem melhor, certo? :)

Dicas com amoras #7/52

Meus queridos, já sabem que por aqui não há vento nem chuva que impeçam as amoras de sair de casa. E depois de fazer um périplo pelas agendas culturais de Lisboa, Cascais e arredores, aqui ficam algumas dicas.
 
Histórias de amor para os mais pequenos
Hora do conto para crianças entre os 7 e os 12 anos de idade, dia 16, às 11.00, no espaço BelaVista 79. A participação está sujeita a inscrição e o custo é de 3.50€ Nunca é demais visitar novos espaços e, ainda por cima, ouvir histórias de amor.
 
Faz como eu, uma história no Museu
Também no Museu da Electricidade terá lugar uma hora do conto no Sábado e no Domingo, às 11.00. Esta será promovida pela ILUSTRARTE e inclui um atelier de desenho para crianças entre os 4 e os 10 anos de idade. Será uma iniciativa interactiva. As crianças terão de observar os objectos espalhados pelo museu, juntá-los e criar elos de ligação através do conto. A participação é gratuita, mas é preciso levantar bilhetes no local 10 minutos antes.
 
Planetário
Sabiam que ao Domingo de manhã há sessões gratuitas para crianças até aos 12 anos? É às 11.00 e podem levar os mais pequenos sem medos. A sessão está pensada para todos. E, já agora, aproveitem vocês também. Há quanto tempo não vão ao planetário?
 
Lar, doce lar
Uma comédia que, pelo enorme sucesso que teve em 2013, colta a estar em cena este ano. maria Ruef e joaquim Monchique no Teatro Tivoli prometem um serão descontraído numa encenação baseada no texto da escritora Luísa Costa Gomes "O que importa é que sejam felizes".
 
E para terminar, uma sugestão da Pumpkin, Como fazer um gancho de pirata
 
Para quem tem piratas em casa esta é uma sugestão fácil de fazer e com sucesso garantido. O gancho feito de papel de alumínio de cozinha é flexível e as crianças não se magoam a brincar.
Material necessário:
1 copo de papel ou plástico
Folha de aluminio de cozinha, dobrada 4 vezes - cerca de 30 cm por 20cm
Tesoura
Chave de fendas - para furar (podem usar outra peça perfurante)
Material necessário para gancho de pirata
1. Enrole a folha de alumínio dobrada num tubo fino
Material necessário para gancho de pirata
2. Fure o copo com cuidado - esta operação deve ser feita por um adulto
Material necessário para gancho de pirata
3. Passe o tubo de alumínio pelo furo do copo e molde o tubo como um gancho apertando bem.
Gancho de pirata
4. E já está, capitões Gancho a postos para a brincadeira!
Gancho de pirata
 
Façam o que vos aprouver.
O que vos der na real gana.
Mas façam destes os melhores dias da vossa semana. :)
 




quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Carta de uma mãe trabalhadora a uma MATI e vice-versa

Partilho uma carta aberta de uma mãe trabalhadora a uma MATI.
E a resposta da MATI à mãe trabalhadora.
Aqui.

Out of order

Estou um bocadinho out of order no que diz respeito a este cantinho.
Tenho dois deadline's para cumprir e começo a hiperventilar. :)
Passei só para dizer olá! Estou viva! Mas cheeeiiia de trabalho.
E prioridades, não se discutem.
Beijinhos e boa semana! :)

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Avózinha

Ontem não consegui passar por aqui.
Mas passei o dia todo a pensar na necessidade que tinha de escrever sobre o dia 07 de Fevereiro.

Até há 8 anos atrás era dia de festa. A festa da minha avó. Paterna.
Só conheci uma avó. Mas, garanto-vos, valeu pela que não conheci. Essa, não me quis conhecer.

A minha avó chamava-se Maria José. Era a avó Maria José. A mãe Maria José. A tia. A vizinha. A amiga. A alentejana da rua dela. Vivia em Lisboa há muitos anos. Mas o seu sotaque alentejano acompanhou-a até ao fim. Pois foi, também, no fim, que regressou à sua terra natal. E é lá que está. Conforme era seu desejo.

Foi a primeira a partir. O meu avô partiu no ano seguinte. O fatídico ano de 2007...

Falar da minha avó é algo que faço sempre com um sorriso nos lábios. Tenho associada a ela várias imagens de marca. A lata de laca, na entrada de sua casa. A lata das bolachas, que só ela sabia onde estava guardada. A caixa do açúcar amarelo, onde só chegavam as formigas. Bolas de berlim de sumol de laranja. Era o que mais gostava de lanchar. Uns brincos de ouro, antiquíssimos, lindos de morrer, que lhe adornavam as orelhas. Coelho frito. Natal. Excursões. Coloches (não sei se é assim que se escreve). E ralhetes.

Era uma mulher de voz poderosa. Não cantava. Isso estava destinado ao meu avô. Mas encantava com a sua forma de ser. Trabalhou de sol a sol. E o que gostava de trabalhar, também gostava de divertir-se. Não dispensava um bailarico. Uma festa de aniversário. Uma saída com a família.

À sexta-feira quando chegava do trabalho, dedicava-se a limpar a casa. Pela noite dentro. Sim, porque ao fim-de-semana era para passear. Ao sábado, começava o dia na praça. E se, quando era miúda achava graça, mais tarde era uma chatice acompanhá-la. Primeiro que fizesse as compras parava 300 vezes para falar com esta e com aquela. E toda a gente a conhecia.

Adorava laranjas. Herdei-lhe o gosto. Era vaidosa. Também lhe herdei o jeito. E punha a família em sentido. Não há dúvidas que sou neta dela! :)

Em casa, tudo no sítio certo. E tomar conta das netas era uma festa. Que nem sempre acabava bem. As guerras de almofadas às vezes tinham mau resultado. E ela fazia questão de dizer aos filhos que da próxima vez não ficava a tomar conta de ninguém. Mas durava pouco, esse estado de alma.

Uma mulher inteligente, é assim que a defino. Dona de uma sabedoria popular imensa. Dona de uma sabedoria que só as mulheres têm. Dona do seu nariz. E da carteira. Era o meu avô que usava as calças. Mas a última palavra era a sua.

Fazia anos a 07 de Fevereiro. E ai de quem se esquecesse da data. Ai de quem não aparecesse la em casa para lhe cantar os parabéns. E se levássemos um amigo, sentar-se-ía connosco à mesa também. Recebia toda a gente que viesse por bem. E, também aqui, lhe herdei o jeito.

Partiu 15 dias antes da minha irmã casar. Pregou-nos uma partida. Não estava doente. Apenas deixou de viver. Sem esperarmos.

Foi à frente dos que mais amamos. Do meu avô. Da minha querida tia Vicência. Como em tudo na vida, gostava de ser a primeira. E até nisto conseguiu o seu objectivo.

Gosto de pensar que o seu espírito protector assim o quis. Foi primeiro, para ver como era. Para preparar a chegada dos outros. Para ajudá-los na transicção. Para que pudessem partir com a certeza de que, ao lá chegarem, não estariam sozinhos.




sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Dicas com amoras #6/52

O Dicas não deixa de dar um ar de sua graça apenas porque está a chover.
Isso é que não! Chove, mas a vida continua. :)
Por isso, aqui ficam algumas sugestões "dentro de portas"!

O chocolate em Lisboa. Claro que tinha de falar nisto!
Vai ser na arena do Campo Pequeno. Um verdadeira tentação que irá pôr à prova as dietas mais resistentes. Quem não gosta?
Entre as 10.30 e as 21.30, até Domingo. O bilhete custa 3€, a partir dos 12 anos. Dos 6 aos 11, o bilhete custa 1€. Façam contas à família!

Da causa à cabeça, é o nome da exposição de Carla Filipe que está no Museu Berardo, no Centro Cultural de Belém. Como ponto de partida, os caminhos de ferro portugueses. Como a própria autora defende, trata-se de um equilíbrio entre a arte e o arquivo no mesmo espaço museológico. Vale a pena visitar! E é gratuito. Entre Terças e Domingo, das 10.00 às 19.00.

O Teatro Maria Matos está a promover, em parceria com a Associação para a Promoção Cultural da Criança, um Ciclo de Leituras. Este fim de semana será dedicado a Álvaro Magalhães e à sua obra Contos do lápis verde. Para a encenação da leitura, estará presente o actor Luís Godinho que contará com a ajuda de Bernardo Carvalho, o ilustrador da obra. A entrada custa 2€ e destina-se a crianças entre os 10 e os 13 anos. Sábado, às 16.00. Domingo, às 11.00.

Lego: o filme. Para os amantes de lego (em casa tenho dois), a primeira longa metragem da Warner Bros. Já li a sinopse. E, apesar de não ser a minha praia (nem o lego nem o cinema), acredito que seja tentador para quem gosta. 
Num cinema perto de si...

Também podem passar o fim de semana no conforto do vosso lar a reler os posts deste blog. Era giro, não era? Nããããã.... Saiam, divirtam-se. Façam qualquer coisa. Mas façam destes, os melhores dias da vossa semana.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

O que o Jorge Jesus disse sobre o meu blog

Isto agora é sempre a abrir.
Vejam lá que até o Jorge Jesus tem uma opinião sobre o meu blog.
Esta:



Mal ele sabe que quando era treinador do Amora era lá, na Amora, que eu vivia.
E lembro-me dele desde esse tempo.

Acho que por causa do penteado...

Há coisas que nunca mudam. E o penteado do JJ é uma delas! :)

Mães que cometem crimes

Hoje estou um bocadinho impressionada. Com as notícias.
Começou o julgamento de uma mãe que matou os seus três filhos à nascença. E, por causa disso, os arquivos sobre casos semelhantes ganham vida, saem do armário e são expostos a cada novo desenvolvimento. Como sempre.
 
Não são, para mim, novidade. Os casos de que se fala hoje, já os conhecia. Mas relembrá-los está cá a dar-me uma volta às entranhas...
 
Sei que há inúmeras situações que podem levar uma pessoa a cometer crimes destes. Loucura, pressão, desespero, solidão, possessão, falta de coração. E outros mais que não consigo explicar. Porque não os entendo. Mas tenho sempre o cuidado de pensar nestes casos com muita calma.
 
O que é que soa na comunicação social?
Soa que uma mãe matou os filhos.
 
E o que é que realmente aconteceu? O que é que leva uma mãe a matar os seus filhos? E outras que também se matam com eles?
 
Não pensem que, com isto, desculpo ou relativizo o crime. Pois penso que podia ter sido de outra maneira. Mas compreendo que nem todas as pessoas têm a mesma estrutura para procurarem uma solução para os seus problemas. Sejam eles quais forem.
 
Compreendo, isso sim, o que leva uma pessoa a enlouquecer. O que leva uma pessoa a ver-se num beco sem saída. O que a solidão faz às pessoas. O que outras pessoas fazem. Às mães.
 
Sou mãe. Isso vocês já sabem.
Os meus filhos. Foram os meus primeiros grandes amores. E não acredito que estas mães não amassem os seu filhos.
 
E aí, quem me está a ler, qua também é mãe: nunca sentiu que estava a ser julgada pelos seus actos, relativamente aos seus filhos? Nunca sentiu que por mais que dê de si, aos olhos de determinadas pessoas, nunca chega? Nunca se sentiu sozinha perante a necessidade de resposta diária às exigências naturais de quem tem filhos?
 
E mães solteiras? Mães divorciadas? Mães sózinhas, mas que não deixam de ter ex-companheiros à perna. Os pais dos seus filhos. O que é que têm a dizer? É tudo um mar de rosas?
 
Não. Não é. Para nenhuma mãe.
A forma como evoluem esses estados de alma, depende de vários factores. Depende da estrutura pessoal. Da estrutura familiar. Dos escapes. Se existem ou não. A situação limite é, sempre, resultado de uma série de conjunturas.
 
Revolve-me as entranhas. Pensar nisto.
Perturba-me. A mim que não estou numa situação limite.
Mas perturba-me muito mais saber que, quanto mais se fala nestes assuntos, quanto mais a comunicação social relembrar que houve mães que chegaram a este ponto, mais coragem ganham aquelas que estão à beira, não de um ataque de nervos, mas de cometerem um crime desta natureza.
 
Perturba-me a falta de pudor.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Apanhados na rede

Fez anos, o facebook. 10 anos de uma rede de contactos que começou numa universidade americana. A afamada universidade de Harvard. Uma rede de contactos que ganhou uma dimensão à escala mundial, graças à visão do seu fundador, o estudante Mark Zuckerberg.
 
O jornal Público de ontem dizia que cerca de 77% dos portugueses utilizadores da internet têm uma conta aberta no facebook. Cerca de 200 amigos. Fotografias. Episódios da vida quotidiana. Piadas e algumas fatalidades.
 
A verdade é que muito se tem falado sobre os efeitos menos positivos das redes sociais na vida das pessoas. Mas, vamos lá a ver uma coisa, o facebook por si só, não existe, certo? As redes sociais não se auto-alimentam! Não mexem sozinhas. Não sobrevivem sem pessoas. Certo?
 
Então que espaço é que as redes socias vieram ocupar nas nossas vidas?
Cabe a cada um fazer essa análise.
 
Num workshop em que participei, aprendi que existe um síndrome associado à necessidade de estar sempre actualizado. O nome do síndrome? FOMO, fear of missing out. Ou seja, uma ansiedade gerada em função de não se conseguir acompanhar o que está a acontecer nas redes sociais. E isto é válido para todas as redes. Cria-se uma certa dependência, uma espécie de adição ao voyeurismo virtual.
 
Quem não se sente, de certa forma, apanhado na rede? Quantas vezes não nos passa pela cabeça: deixa cá ver o que é que a malta anda a fazer... Mas quando isso passa a ser o pão nosso de cada dia, o pão nosso de cada hora, o pão nosso de cada minuto é porque o FOMO anda por perto...
 
Da minha parte gosto de pensar no facebook do ponto de vista das coisas positivas que me trouxe. Tenho uma conta há cerca de 4 anos. E, mais recentemente, por causa do blog, adiminstro uma página. Encontrei colegas da escola e da faculdade de quem tinha perdido o rasto. Vou acompanhando o que fazem, da mesma forma que me acompanham a mim. Consigo ver, em tempo real, o que a minha prima Tatiana anda a fazer por terras australianas. Como a sua filha está a crescer. Porque ela partilha connosco, os que fazemos parte do seu grupo.

De vez em quando perco-me no chat. De vez em quando, mesmo! Na mesma noite ponho a conversa em dia com uma série de amigos ao mesmo tempo. Conheço todas as pessoas que são minhas amigas. Conheço-as. Sei quem são.

Acompanho páginas que me interessam. Mesmo!

Divulgo os textos que escrevo por aqui e, de vez em quando, brindo os meus amigos com episódios fotográficos da minha vida. Sei que eles gostam. Tal como eu gosto de ver os deles.

Partilho informação. Tenho acesso a informação. E revejo amigos. E, por enquanto, não sinto efeitos do síndrome. O FOMO! Mas fui apanhada na rede. Fui. Aderi há 4 anos e, até ver, cá andarei.

DIY #8

Como sabem, gosto de trabalhos manuais.
E todas as ocasiões para pôr em prática dicas maravilhosas que nos permitem dar o nosso cunho são, para mim, um desafio.
 
Ao pesquisar novas ideias, encontrei esta.
Uma boa dica para dias festivos de Primavera ou Verão.
Uma dica fácil e que faz toda a diferença.
 
Ora espreitem!
 
 
Não vos disse que era fácil?
Atrevam-se.
Just do it!

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Coisas que não sabem sobre mim #4

Esta rubrica podia ter outro título, mais ou menos isto "Vá, riam-se lá dos meus disparates, traumas e afins". Não é bem isso, mas é mais ou menos isso. :) Sobretudo quando me dá para partilhar convosco coisas que me envergonham. É o caso. Hoje.

Pois bem, podem começar a rir.
Escadas e tapetes rolantes.

Nunca tive nenhum trauma. Não fiquei com nenhum atacador preso ou com o salto de um sapato encalhado. Nunca caí. Nunca assisti a nenhuma cena dramática. Mas quem é que dizia que eu punha um pé num destes mecanismos que controlam a minha marcha? Nem que me pagassem!

Ía pelas escadas! Dava uma volta maior! Mas pôr o pé naquilo... nããããã... Já com elevadores a coisa também não era muito famosa. Mas isso porque fiquei um dia fechada dentro de um daqueles de porta de grade. Já transpirava por todo o lado e ninguém aparecia. Isso sim, foi um bocadinho marcante! E, masi tarde, quando apareceram aqueles todos de vidro... ui! Tive de pensar um bocadinho no assunto! Andava, quando não podia evitar, mas sem querer ver a paisagem!!
 
A determinada altura da minha vida, em que ainda andava de transportes, saía no comboio em Alcântara e tinha de apanhar um autocarro para a Av.ª de Berna. Mas a distância entre a estação do comboio e a paragem do autocarro ainda era grandota. Na primeira semana lá fui eu, cheia de energia! Na segunda semana, mais ou menos... cheguei a perder o autocarro algumas vezes. E isto porquê? Porque em Alcântara, neste trajecto, haviam uns tapetes rolantes numas passadeiras aéreas que facilitava a vida a muita gente (não sei se ainda há essas passadeiras).
 
A seu tempo, lá ganhei coragem. E lá fui experimentar aquilo. A medo. Ficava parada à espera do momento certo para pôr o pé no tapete. E passavam por mim todos os apressados sem se compadecerem do meu estado de aflição.
 
Fiz-me uma mulherzinha. Ao fim de um ano já conseguia andar bem na passadeira. E apanhava sempre o autocarro a horas.
 
Mas hoje em dia esta questão ainda não está ultrapassada a 100%. Disfarço bem. Poucos se aprecebem disso. Só quem sabe é que olha para mim de lado à espera da minha reacção.
 
Mas, bom, agora que ficaram todos a saber, façam o favor de não se rirem quando andarem num centro comercial e perceberem que há alguém a provocar um trânsito descomunal no acesso às escadas rolantes. Posso ser eu... ou não... e é algo muito constrangedor, acreditem!

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Os contos vão à SIC

Será amanhã, 3.ª feira.
Os Contos com Amoras derão um salto de gigante com este texto. Um salto em termos de novos leitores. Que ficaram a conhecer o blog e por cá ficaram.
 
Os Contos com Amoras vivem disso. Das palavras que partilham e das pessoas que as lêem. É um grande sentimento de reconhecimento que está subjacente a esta ida à SIC. Sabemos que a internet tem peso. Que é um meio de difusão sem fim. Sabemos! Mas quando o sentimos na pele... sentir que a nossa palavra ganhou asas pela auto-estrada virtual... confesso, é um bocadinho assustador....
 
Eu senti. É verdade! Um bocadinho assustador, mas ao publicar e partilhar uma opinião, estamos a mostrar-nos disponíveis para o debate. E, neste caso, o debate tornou-se extensível à televisão.
 
Obrigado por estarem desse lado.
Amanhã lá estarei na SIC. Vai ser às 16.00.
 
Obrigado.